Instituto de Oftalmologia de Assis | 21 de março de 2016

Anel de Ferrara para Ceratocone

Cirurgia de Implante do Anel de Ferrara

O diagnóstico do Ceratocone tem aumentado muito nos últimos anos. Um número cada vez maior de míopes procurando a cura pelo Excimer Laser, se submetem ao exame de topografia corneana, detectando assim, a forma da córnea, permitindo identificar de imediato o Ceratocone.

O Ceratocone decorre de um enfraquecimento da córnea e, por isso, não se presta à correção por laser. A tolerância às lentes de contato nem sempre é adequada, e a visão com óculos é muito ruim.

Os implantes de Anel de Ferrara possibilitam uma rápida recuperação visual, além de permitir o uso de óculos ou lentes de contato se necessário.

Esse método de tratamento é reconhecido mundialmente. Desde sua introdução no mercado, mais de 100.000 implantes de Anel de Ferrara foram realizados com taxas de satisfação bastante expressivas.

O que é Ceratocone?

A palavra Ceratocone é formada de duas palavras gregas: kerato, que significa córnea, e konos, que significa cone. O Ceratocone é uma condição em que a forma normalmente arredondada da córnea é distorcida e desenvolve uma protuberância em forma de cone, resultando em prejuízo à visão. O progresso da doença depende da idade do paciente na época de seu aparecimento. Quanto mais precoce o aparecimento, mais rápida a evolução. A doença é sempre bilateral e assimétrica.

O que causa o Ceratocone?

O Ceratocone é uma doença hereditária e às vezes pode saltar gerações. Ele surge habitualmente na puberdade e, com frequência, está associado a fenômenos alérgicos. Coçar os olhos pode provocar o avanço da doença.

Como o Ceratocone é tratado?

Óculos: nos estágios iniciais.

Lentes de Contato: quando os óculos não resolvem.

Implante de Anel Intracorneano: quando não há tolerância a lentes de contato e quando o processo está em evolução.

Crosslinking:  o método tem a intenção de aumentar a resistência das fibras do colágeno e alterar a biomecânica corneana, sendo assim indicado em casos de Ceratocone progressivo.

Transplante de Córnea: para estágios muito avançados.

Nos primeiros estágios o paciente pode fazer uso do óculos. A medida que a doença progride, o aumento do afinamento e protuberância da córnea cria um astigmatismo irregular elevado. Como isso não é corrigível com óculos, usam-se, nesses casos, as lentes de contato RGP (rígidas gás-permeáveis) ou lentes de contato esclerais. Embora as lentes de contato proporcionem uma melhoria de visão, usá-las não altera a progressão da doença.

O que é Anel de Ferrara?

O Anel de Ferrara é uma órtese composta de dois segmentos semicirculares, de espessuras variáveis, com 5mm de diâmetro. O Anel de Ferrara é fabricado em PMMA, um material acrílico comprovadamente inerte e biocompatível, utilizado há décadas para a fabricação de implantes intracorneanos. O Anel de Ferrara tem diferentes graus de arqueamento e espessuras que garantem o melhor resultado para cada caso. O anel é perfeitamente tolerado pelo organismo, não havendo risco de rejeição. É o mais moderno e seguro tratamento para o ceratocone.

Quais são as indicações do Anel de Ferrara?

  1. Miopias moderadas e elevadas
  2. Astigmatismo miópico simples ou composto elevado.
  3. Astigmatismo irregular: ceratocone e pós-transplante de córnea
  4. Ectasia pós-lasik e PRK
  5. Degeneração pelúcida

O implante do anel de Ferrara é indicado, principalmente, aos portadores de ceratocone em evolução, em qualquer faixa etária, intolerantes a lentes de contato ou com distorções acentuadas da córnea, como ocorre após o transplante.

Como é o procedimento cirúrgico?

A cirurgia é realizada em bloco cirúrgico com todos os cuidados de assepsia. A anestesia é tópica, feita com colírios anestésicos. Após a assepsia da área cirúrgica, que compreende a região dos olhos, nariz e fronte, o rosto é coberto por um campo cirúrgico estéril que tem por finalidade proteger e evitar contaminação. O procedimento é absolutamente indolor e demora cerca de 10 minutos.

O uso de colírios antibióticos e antiinflamatórios possibilita um pós-operatório mais confortável e seguro.

Com três dias, o paciente pode retornar às atividades normais.

Quais são os riscos da cirurgia?

São mínimos. Como em qualquer cirurgia, pode ocorrer infecção. Neste caso, o anel deverá ser removido. Não há perigo de rejeição. A cirurgia não impede ou prejudica o transplante de córnea. As complicações são mínimas e, o mais importante, reversíveis, isto é, pode-se remover o anel, e a córnea voltará às medidas originais.

Como é a recuperação da visão após a cirurgia?

A reabilitação visual é rápida. No dia seguinte, a visão já está melhor, com estabilização a partir do terceiro mês. É normal, neste período, haver flutuação na visão. Geralmente, na parte da manhã, o paciente está enxergando bem, no decorrer do dia, sua visão pode apresentar um leve embaçamento. Como não se trata de uma cirurgia estética, pode ser necessária a utilização de óculos ou lentes de contato para complementar a correção. Entretanto, a visão pode estar boa, mesmo que haja grau residual.

Preparo para a cirurgia

No dia da cirurgia: dieta livre. É aconselhado tomar banho e lavar os cabelos.

O paciente deve dirigir-se à clínica com 30 minutos de antecedência da hora marcada para a cirurgia.

Antes de entrar para o bloco cirúrgico, deverá trocar de roupa por outra apropriada, fornecida pela clínica.

Algumas gotas de colírio anestésico serão ministradas em intervalos regulares até o momento da cirurgia.

Orientações para o pós-operatório

Sintomas normais no pós-operatório imediato: dor, lacrimejamento, fotofobia (aversão à luz) e olho vermelho. Entretanto o aparecimento tardio destes sintomas é anormal e deverá ser comunicado ao médico, imediatamente. Em caso de dúvida, entre em contato com a Clínica.

Medicamento serão receitados pelo médico após a cirurgia.

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