A cirurgia refrativa é um procedimento capaz de, na quase totalidade dos casos, eliminar definitivamente problemas de miopia, astigmatismo, hipermetropia e presbiopia. Assim, é muito procurada por quem quer conquistar a independência do uso de óculos e lentes de contato.
Procedimento seguro e com altas taxas de sucesso, a cirurgia refrativa possui poucas contraindicações. Apesar de não representarem uma contraindicação absoluta ao procedimento, córneas finas são uma das condições que requerem uma avaliação mais cautelosa.
Mas como saber se você tem córnea fina? Como isso influencia na cirurgia refrativa e quais são as opções para pessoas enquadradas nessa condição?
Posso fazer cirurgia refrativa se tenho córnea fina?
Depende.
É preciso que o médico oftalmologista avalie o quão exatamente fina é a sua córnea e compare esses dados com o grau do erro refrativo que precisa ser tratado. Além disso, também é preciso definir se a córnea é fina em toda a sua extensão ou apenas em alguns pontos.
A razão para isso é simples: as cirurgias refrativas diminuem um pouco a espessura da córnea para realizar as correções. Essa proporção pode ser menor ou maior de acordo com a intensidade do grau. Além disso, na modalidade de cirurgia refrativa LASIK, também é preciso realizar uma incisão no tecido da córnea. Para quem tem uma córnea muito fina, mesmo uma incisão tão fina pode ser um problema.
A espessura comum para uma córnea costuma ficar em torno de 530 micrômetros. Para que seja considerada como fina, deve ter menos do que 500 micrômetros. Essa informação é obtida a partir de um exame chamado paquimetria e complementada pela tomografia e análise da curvatura da córnea.
De modo geral, pacientes com até 460 micrômetros de espessura de córnea podem realizar a cirurgia refrativa desde que a intensidade do grau seja compatível. Já valores abaixo dos 400 micrômetros não costumam ser considerados seguros para o procedimento.
Qual o melhor tipo de cirurgia para quem tem córnea fina?
Como a prioridade na cirurgia refrativa para pacientes com córneas finas é evitar incisões e reduzir ao máximo a quantidade de tecido corneano removido, as duas opções mais viáveis são a PRK e SMILE.
Enquanto na PRK o laser é aplicado de maneira direta depois de um processo chamado desepitelização corneana, na técnica SMILE, corrige os problemas refrativos a partir da criação de uma microincisão para ação do laser e a formação de uma pequena lentícula sob a córnea.
A escolha da melhor técnica de cirurgia refrativa, contudo, deverá ser apontada pelo oftalmologista, de acordo com cada caso.